terça-feira, 6 de julho de 2010

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS DA UFMG - Etapa Belo Horizonte - MG

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS DA UFMG - Etapa Belo Horizonte - MG


“Primeiro que eu achei muito legal esta proposta de trazer este Festival da Cena Cearense, que às vezes a gente, às vezes não, acho que a gente fica muito fechado mesmo, (né?) ao espaço da cidade em que a gente mora, e não tem realmente referência nenhuma do trabalho que é feito nas outras regiões. E aí esta proposta para mim já é muito rica de receber esses espetáculos, aí vem vocês com essa oficina, que esse trabalho popular também é uma coisa que me interessa muito. Eu gostei muito do trabalho, dessas referências populares que vocês trouxeram e a figura do Patativa, que eu já tinha ouvido falar, mas não conhecia assim quase nada da obra dele e vi que ele é uma pessoa extraordinária e com certeza eu vou querer dar uma pesquisada ver o que é que eu consigo de material dele porque é um trabalho muito rico (né?) muito, muito bonito. E a questão aqui do processo da oficina, eu também acho o tempo muito curto, eu sempre acho oficina de duas horas muito pouco... é muito bom, muito bacana, eu estava falando pro Chales ontem, que ontem eu saí daqui meu corpo tava vibrando! É que a gente saí e vai pra uma outra aula, eu sentei e meu corpo vibrava! Eu disse: - Charles, cê tá sentindo teu corpo vibrar? E ele: não... Então, o meu corpo tá todo vibrando por dentro, tamanha é a força do trabalho que a gente faz! Foi curto, mas valeu muito a pena.” Vânia Pereira

“Achei o tempo curto porque foram pequenos apontamentos que vocês fizeram de várias coisas, que dá uma vontade de aprofundar mais sabe?... Então para mim foi mais assim: vocês abriram um leque para a gente começar a pesquisar. Coisas de meu interesse. Eu achei muito bom. Muito bom. E percebi o quanto eu tenho que trabalhar meu corpo muito... A pesquisa mesmo da Cultura Popular Brasileira. Então foi uma motivação para pesquisar... para a gente aprofundar mais”. Anair Braga


“A gente aprende na escola um pouquinho da Cultura Popular e, pra gente que é estudante de teatro, pelo menos no T.U., a gente fica muito nesse trabalho corporal é acadêmico... tudo pra isso e a gente esquece que pode trabalhar esse corpo com o que a gente tem aqui também! E brincando com esse corpo, ao mesmo tempo que você brinca com o ritmo, seu corpo está sendo trabalhado, você tá trabalhado com várias coisas ao mesmo tempo, e até valorizar o trabalho dessas pequenas comunidades que as vezes a gente vai assistir e fica – “nossa, que bonitinho, né, eles se juntam pra fazer uma coisinha assim...?” – só que o trabalho corporal que eles têm, um trabalho até de pesquisa para recuperar o que as outras pessoas (antepassados) fizeram para manter isso vivo, isso desperta um certo (...) (silêncio inexplicável).” Anair Braga



“Eu também achei o tempo foi pequeno e com os apontamentos que é pra gente pesquisar, gostei muito do trabalho corporal, acho que foi o que mais me interessou. Na oficina tudo foi muito bom, principalmente conhecer Patativa, que eu já tinha ouvido falar também, mas não conhecia as obras dele... enfim. Até o que eu falei também no início da oficina, que trazer uma Cultura Popular diferente da nossa, eu acho que isso enriquece muito o trabalho do ator. Aqui (UFMG), a gente já tinha trabalhado assim um pouquinho de Cultura Popular, numa matéria que a gente teve no segundo período, mas foi tipo assim: foi muito raso, a gente não aprofundou nada e, aqui a gente já deu uma verticalizada maior, gostei muito, muito mesmo: foi muito bom!” – “É diferente você ter a teoria e ter a prática” interage Anair Braga – “É. Na UFMG o que a gente teve foi aula teórica, então assim, a gente não praticou nada. A gente estudou também cavalo-marinho, maracatu e outras manifestações e não tivemos parte prática e eu acho que aqui (a oficina da Cia. Catirina trazida pelo Festival de Teatro Brasileiro) nos proporcionou esta parte prática... instigou mais e, nossa, valeu muito a pena!” Charles Araújo

“Eu achei muito legal assim, é... o material de vocês é muito amplo! Um material que vem do Ceará, assim, do nordeste, do sertão... a gente pode fazer várias conexões com os estados e tal, a gente vê isso. Então a coisa é muito ampla, assim. Mas eu achei muito bacana a gente ter um pouco dessas noções do côco, dos ritmos, do maracatu assim, maracatu assado, dos tipos, essa tipologia também do reisado, a gente perceber também esse corpo brincante... Por exemplo, eu tive várias oficinas que eu lembro daquela música, que a gente fazia um aquecimento ou num sei quê... é, eram muitas coisas e o que ficou foi a música porque a gente fez várias vezes e, aquilo ali, trás a sensação de toda a oficina. Então eu sinto falta um pouco de ter essas células, e foram tantas coisas bonitas que vocês nos apresentaram assim, desde a poesia, os pensamentos, as músicas, as letras, os passos, são coisas tão bonitas que eu fico assim: poxa, é difícil – como é que a gente “prende” tudo isso? Eu anoto, eu faço um diário e tal, mas mesmo assim, realmente fica faltando assim... eu gostaria muito que você pudesse mandar um e-mail com links, uma bibliografia que seja, porque é pra isso pra gente não se perder assim... e seus contatos.” Laura Bastos

“Mas “Cajueiro Pequenino” não sai da minha cabeça, fica o dia inteiro!” Anair Braga

“Eu acho que uma oficina (curta ou não) não tem como aprofundar uma manifestação cultural que é tão grande. É uma Manifestação Cultural, né? É uma coisa muito grande, precisa de tempo. E eu acho que numa oficina não caberia nesse lugar de trazer... Para mim o que ficou foi este trabalho, este corpo, este código corporal de ficar trabalhando com a coluna: isso ficou muito pra mim e acho que é uma coisa que eu vou trabalhar muito agora, que eu pretendo usar mesmo assim." Charles Araújo

“E não deixem de voltar. Voltem, tá bom?” Vânia Pereira

“É! Quando vocês vierem, avisem!” Laura Bastos

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