terça-feira, 6 de julho de 2010

IMAGENS DA 2a. OFICINA FTB em Vitória-ES: "TEATRO DE RUA - O ATOR BRINCANTE"

IMAGENS DA OFICINA FTB no SESI ARAÇÁS: "TEATRO DE RUA - O ATOR BRINCANTE"



IMAGENS DA OFICINA FTB na UFMG: "TEATRO DE RUA - O ATOR BRINCANTE"

Módulo: "A Voz Brincante" com Josy Correia:






"Alongamento e aquecimento corporal" com Júlia Fiuza:








Partitura Física Cabaçal - "Códigos do Corpo Brincante" com Edmar Cândido:


DEPOIMENTO DA CIA. CATIRINA

DEPOIMENTO DA CIA. CATIRINA

“Para nós da Cia. Catirina, dividir um pouco de nossas vivências sobre nossas referências com a Cultura Popular Tradicional Nordestina dentro de nosso processo de trabalho e criação com alunos e público do Festival de Teatro Brasileiro 2010 (Cena Ceará), trouxe momentos muito proveitosos para o grupo e nosso processo de trabalho, pesquisa e produção.
Através deste evento podemos perceber sob a perspectiva de nossa Cena Ceará, o cenário de cada estado atendido no que se diz respeito ao pensar e fazer teatral. Deste modo, notamos o quanto o nosso estado tem desenvolvido um cenário variado e intenso de processos criativos teatrais e linguagens de pesquisas de grupos e artistas.
Ver a dedicação dos alunos em descobrir um pouco mais sobre suas raízes populares em nossas oficinas e sua doação nos processos físicos do Ator Brincante, nos mostra um caminho possível na preparação do ator, através da prática dos códigos e partituras físicas tradicionais. Estes códigos aliados a pesquisa da presença cênica, tônus e energia dos mestres e brincantes de nossos folguedos brasileiros, nos mostram um conteúdo vasto de possibilidades e descobertas na preparação do ator para um teatro genuinamente brasileiro.
Os processos, registrados em vídeo, mostram apesar do curto tempo, uma sutil nuance no trabalho físico dos atores e na sua consciência corporal, instigando seu conhecimento e promovendo a valorização das manifestações tradicionais como fonte de pesquisa.
Em cada estado, descobrimos pontos em comuns de nossas raízes tradicionais e buscamos somar tais referências, aproximando os alunos/atores a sua essência física bruta e ancestral.
Pensadores como Eugênio Barba já desenvolviam este olhar sobre a fascinante presença cênica das manifestações tradicionais. Para ele, se fazia fundamental a vivência de seus atores nos rituais e festejos populares. Para a Cia. Catirina a busca incessante por um teatro multifacetário, entendendo o equilíbrio entre tradição e contemporaneidade como fontes inevitáveis de sua expressão artística, desencadeia no ator-brincante um papel social e histórico, mostrando que a grande contemporaneidade ainda é se voltar ao passado.
O resultado que este pensamento tem despertado nos alunos e no público que nos acompanhou durante o Festival de Teatro Brasileiro – Cena Ceará em Minas Gerais e Espírito Santo, trouxe um ar de encantamento e identificação.
Nas cerca de dez apresentações realizadas pela Cia. Catirina nas capitais de Minas Gerais e Espírito Santo a convite do Festival de Teatro Brasileiro, a nossa Cena Ceará emocionou e divertiu muita gente, da periferia a zona elitista e acima de tudo emocionou e divertiu a nós mesmos, concluindo a admiração e respeito que esta gente reforçou sobre as produções oriundas do teatro nordestino.
Ruas, praças, pátios de escolas, terminais de ônibus, parques e comunidades nos receberam de braços bem abertos, onde crianças e adultos compartilhando do momento encantado da cena fizeram-se parte de nosso espetáculo, que se propõe a interação e ao improviso dos artistas de rua sertanejos.
Atingimos nosso objetivo a partir do momento que compartilhamos esse desejo de espalhar uma arte democrática pelos espaços públicos de nosso país, realizado graças a sensibilidade de homens e mulheres de teatro como Sérgio Barcelar e sua equipe, que faz a cada ano, uma Arte Teatral Brasileira fortalecida por caminhos mais estreitos entre seus criadores.
Deste modo o Festival de Teatro Brasileiro desenvolve papel fundamental na reflexão sobre a grandeza de nosso patrimônio cultural quando propõe o intercâmbio entre regiões distintas, traçando um mapeamento de processos criativos, não obstante, oportuniza artistas e grupos a expandir suas vivências e conhecimentos e se coloca como canal ímpar para a difusão e reflexão da Arte Teatral Brasileira.”

Josy Correia, Júlia Fiuza e Edmar Cândido (Cia. Catirina) - ministrantes das oficinas realizadas no FTB 2010 - Cena Ceará - MG e ES


DEPOIMENTOS DA DIRETORA DE CULTURA E EDUCAÇÃO E DO PROFESSOR DE TEATRO DO SESI ARAÇÁS - Etapa Vitória-ES

DEPOIMENTOS DA DIRETORA DE CULTURA E EDUCAÇÃO E DO PROFESSOR DE TEATRO DO SESI ARAÇÁS - Etapa Vitória-ES

“É um presente para nós. Pensar também que a gente pode trocar um pouco em relação as culturas, para eles (alunos) perceberem uma outra cultura e poderem interagirem com isso, estes contos, é realmente um presente para nós. (...) quando você começou a colocar ali para eles (alunos) sobre a Catirina, eu pensei – “será que eles sabem o que quer dizer Catirina, esse modo de falar...” aqui nós temos uma maneira diferente de falar e foi muito interessante porque Josy (Josy Correia da Cia. Catirina) no decorrer de sua fala sobre esse assunto cultural com os alunos, ela explicou bem do que se trata. Vem contribuir mesmo com o conhecimento geográfico, histórico e cultural para estes alunos do SESI. Saber que este espaço esta sendo ocupado pela arte, nos agrada profundamente. A gente quer agradecer ao Festival de Teatro Brasileiro, pois somos privilegiados em receber o trabalho desta cia. cearense, Cia. Catirina e, abriremos sempre as portas para estas oportunidades”. Beth




“A oficina de Teatro de Rua com a Cia. Catirina do Ceará para gente aqui no SESI é muito importante. É um começo. É maravilhoso porque é uma guinada para nós, um estímulo aos alunos que vieram com gás total para participar de tudo. É um privilégio porque o Ceará, o nordeste em si, é um lugar onde o teatro é muito importante, é um celeiro, para o estímulo dos jovens alunos atendidos pelo SESI em parceria com este Festival de Teatro Brasileiro” Rodrigo Paoto

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS DA UFMG - Etapa Belo Horizonte - MG

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS DA UFMG - Etapa Belo Horizonte - MG


“Primeiro que eu achei muito legal esta proposta de trazer este Festival da Cena Cearense, que às vezes a gente, às vezes não, acho que a gente fica muito fechado mesmo, (né?) ao espaço da cidade em que a gente mora, e não tem realmente referência nenhuma do trabalho que é feito nas outras regiões. E aí esta proposta para mim já é muito rica de receber esses espetáculos, aí vem vocês com essa oficina, que esse trabalho popular também é uma coisa que me interessa muito. Eu gostei muito do trabalho, dessas referências populares que vocês trouxeram e a figura do Patativa, que eu já tinha ouvido falar, mas não conhecia assim quase nada da obra dele e vi que ele é uma pessoa extraordinária e com certeza eu vou querer dar uma pesquisada ver o que é que eu consigo de material dele porque é um trabalho muito rico (né?) muito, muito bonito. E a questão aqui do processo da oficina, eu também acho o tempo muito curto, eu sempre acho oficina de duas horas muito pouco... é muito bom, muito bacana, eu estava falando pro Chales ontem, que ontem eu saí daqui meu corpo tava vibrando! É que a gente saí e vai pra uma outra aula, eu sentei e meu corpo vibrava! Eu disse: - Charles, cê tá sentindo teu corpo vibrar? E ele: não... Então, o meu corpo tá todo vibrando por dentro, tamanha é a força do trabalho que a gente faz! Foi curto, mas valeu muito a pena.” Vânia Pereira

“Achei o tempo curto porque foram pequenos apontamentos que vocês fizeram de várias coisas, que dá uma vontade de aprofundar mais sabe?... Então para mim foi mais assim: vocês abriram um leque para a gente começar a pesquisar. Coisas de meu interesse. Eu achei muito bom. Muito bom. E percebi o quanto eu tenho que trabalhar meu corpo muito... A pesquisa mesmo da Cultura Popular Brasileira. Então foi uma motivação para pesquisar... para a gente aprofundar mais”. Anair Braga


“A gente aprende na escola um pouquinho da Cultura Popular e, pra gente que é estudante de teatro, pelo menos no T.U., a gente fica muito nesse trabalho corporal é acadêmico... tudo pra isso e a gente esquece que pode trabalhar esse corpo com o que a gente tem aqui também! E brincando com esse corpo, ao mesmo tempo que você brinca com o ritmo, seu corpo está sendo trabalhado, você tá trabalhado com várias coisas ao mesmo tempo, e até valorizar o trabalho dessas pequenas comunidades que as vezes a gente vai assistir e fica – “nossa, que bonitinho, né, eles se juntam pra fazer uma coisinha assim...?” – só que o trabalho corporal que eles têm, um trabalho até de pesquisa para recuperar o que as outras pessoas (antepassados) fizeram para manter isso vivo, isso desperta um certo (...) (silêncio inexplicável).” Anair Braga



“Eu também achei o tempo foi pequeno e com os apontamentos que é pra gente pesquisar, gostei muito do trabalho corporal, acho que foi o que mais me interessou. Na oficina tudo foi muito bom, principalmente conhecer Patativa, que eu já tinha ouvido falar também, mas não conhecia as obras dele... enfim. Até o que eu falei também no início da oficina, que trazer uma Cultura Popular diferente da nossa, eu acho que isso enriquece muito o trabalho do ator. Aqui (UFMG), a gente já tinha trabalhado assim um pouquinho de Cultura Popular, numa matéria que a gente teve no segundo período, mas foi tipo assim: foi muito raso, a gente não aprofundou nada e, aqui a gente já deu uma verticalizada maior, gostei muito, muito mesmo: foi muito bom!” – “É diferente você ter a teoria e ter a prática” interage Anair Braga – “É. Na UFMG o que a gente teve foi aula teórica, então assim, a gente não praticou nada. A gente estudou também cavalo-marinho, maracatu e outras manifestações e não tivemos parte prática e eu acho que aqui (a oficina da Cia. Catirina trazida pelo Festival de Teatro Brasileiro) nos proporcionou esta parte prática... instigou mais e, nossa, valeu muito a pena!” Charles Araújo

“Eu achei muito legal assim, é... o material de vocês é muito amplo! Um material que vem do Ceará, assim, do nordeste, do sertão... a gente pode fazer várias conexões com os estados e tal, a gente vê isso. Então a coisa é muito ampla, assim. Mas eu achei muito bacana a gente ter um pouco dessas noções do côco, dos ritmos, do maracatu assim, maracatu assado, dos tipos, essa tipologia também do reisado, a gente perceber também esse corpo brincante... Por exemplo, eu tive várias oficinas que eu lembro daquela música, que a gente fazia um aquecimento ou num sei quê... é, eram muitas coisas e o que ficou foi a música porque a gente fez várias vezes e, aquilo ali, trás a sensação de toda a oficina. Então eu sinto falta um pouco de ter essas células, e foram tantas coisas bonitas que vocês nos apresentaram assim, desde a poesia, os pensamentos, as músicas, as letras, os passos, são coisas tão bonitas que eu fico assim: poxa, é difícil – como é que a gente “prende” tudo isso? Eu anoto, eu faço um diário e tal, mas mesmo assim, realmente fica faltando assim... eu gostaria muito que você pudesse mandar um e-mail com links, uma bibliografia que seja, porque é pra isso pra gente não se perder assim... e seus contatos.” Laura Bastos

“Mas “Cajueiro Pequenino” não sai da minha cabeça, fica o dia inteiro!” Anair Braga

“Eu acho que uma oficina (curta ou não) não tem como aprofundar uma manifestação cultural que é tão grande. É uma Manifestação Cultural, né? É uma coisa muito grande, precisa de tempo. E eu acho que numa oficina não caberia nesse lugar de trazer... Para mim o que ficou foi este trabalho, este corpo, este código corporal de ficar trabalhando com a coluna: isso ficou muito pra mim e acho que é uma coisa que eu vou trabalhar muito agora, que eu pretendo usar mesmo assim." Charles Araújo

“E não deixem de voltar. Voltem, tá bom?” Vânia Pereira

“É! Quando vocês vierem, avisem!” Laura Bastos

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O ATOR BRINCANTE da Cia. Catirina: aquecendo o corpo na partitura do Cabaçal!




Alunos da UFMG durante a oficina "Teatro de Rua - O Ator Brincante" realizada pela Cia. Catirina durante o Festival de Teatro Brasileiro - Cena Ceará, em Belo Horizonte-MG.

Condutor do módulo: Edmar Cândido

OFICINAS "Teatro de Rua - O ator brincante" - FTB 2010 (Cena Ceará em MG e ES)



Relatório das Oficinas de “Teatro de Rua – O ator brincante” (Técnicas para Teatro de Rua com a Cia. Catirina) - FTB

Ano: 2010
Período: abril

Coordenadora Geral:
Josy Correia

Facilitadores:
Júlia Fiuza, Edmar Cândido e Josy Correia

Evento: Festival de Teatro Brasileiro – Cena Ceará
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CONTEÚDO GERAL

Módulo I
- Apresentação
- O processo de criação da Cia. Catirina
- Cultura Popular Brasileira (com enfoque nordestino)
- O Ator Brincante
- Apresentação de fotos / vídeos da pesquisa do grupo em Oralidade Tradicional
- Trabalho de Aquecimento e Preparação Corporal do Ator Brincante I
- Partitura Física para o Ator Brincante – Corpo e Ritmo no Maracatu Cearense
- A Voz Brincante: cantigas e jogos musicais
- Variações e jogos cênicos no Côco de Roda e Embolada

Módulo II
- Breve relaxamento: percebendo os sons e ouvindo Patativa do Assaré
- Alongamento e aquecimento corporal
- Partitura Física para o Ator Brincante – Corpo e Ritmo no Cabaçal
- Trabalho de composição ritmico-corpóreo
- Roda de Côco

Módulo III
- Técnicas vocais para o Ator Brincante
- Alongamento e aquecimento vocal
- Dicção, impostação e melódica da voz
- Trava-línguas e A Imagem da Palavra
- Côco de Roda (Seu Maneu)

Módulo IV
- Continuidade do Trabalho Vocal com apresentação dos alunos
- Alongamento e aquecimento vocal
- Apresentação dos alunos com textos propostos
- Exibição de vídeos com apresentação de Mestres Tradicionais para visualização prática do Corpo Brincante na Tradição
- Exibição de pequenos trechos em vídeos de Patativa do Assaré
- Alongamento e aquecimento corporal
- Trabalho corporal nos planos alto, médio e baixo
- Continuidade do trabalho de composição ritmico-corpóreo

Módulo V
- Alongamento e aquecimento corporal para o processo do Ator Brincante
- Partitura Física para o Ator Brincante – Reisado e Maracatu Pernambucano (Baque-virado)
- Composição Rítimica: Força e Equilíbrio do Corpo Brincante

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LISTAS DE PRESENÇA GERAL DOS ALUNOS

LISTA DE PRESENÇA I

Local: Belo Horizonte – MG
Entidade: UFMG – Artes Cênicas
Data: 12 à 16 de abril de 2010

ALUNO 12/04 13/04 14/04 15/04 16/04
1. Anair Patrícia Braga Moreira X X X X X
2. Charles Araújo X X X X X
3. Laura Bastos X X X X X
4. Rodrigo Almeida Santos X X X F F
5. Vânia Pereira Silvério X X X X X

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X = presença
F = falta
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LISTA DE PRESENÇA II

Local: Vitória – ES
Entidade: SESI Araçás
Data: 19 e 23 de abril de 2010

ALUNO 19/04 23/04
Martins Machado X X
Thyllon Jacks X X
Rafael Frizzeira X F
Leonardo Tonine X X
Lucas Parandella X X
Ygor Siqueira X X
Efrain Araújo X X
Letícia Braga X X
Yasmim Durante X X
Gabriele Ferreira X X
Maura Baratella F F
Cássia Maria X X
Lorraine Reinoso X X
Caroline Fernandes X X
Rhaissa Cola X F
Bruna Bittencourt X X
Rafaela Guerreira X X
Daniele Freitas X X
Júlia Louzada X X
Natália Eller X X